Hoje começamos uma série de artigos direcionados aos professores de inglês. Além de professor e tradutor, também trabalho com treinamento de professores, tanto de docentes de escolas regulares (ensino fundamental I/II até médio) quanto de institutos de idiomas. Durante estes anos de treinamento percebi que uma reclamação recorrente é: “Como estudo para aperfeiçoar meu inglês?”. Como diz a expressão, “muitos professores passam muito tempo serrando e se esquecem de afiar a serra”, vamos, então, começar esta série de artigos com algumas dicas para você, professor, melhorar seu desempenho linguístico e aproveitar mais o tempo de estudo.
DICA 1: Voice-over
Desde os anos 50, atividades de escuta e repetição têm sido muito populares. Porém, uma variação de tal atividade produz resultados muito positivos que ajudam, não somente na audição, como também na fluência oral.
* Escolha um monólogo gravado, de velocidade e dificuldades médias. Ouça uma vez para compreensão geral.
* Quando você for ouvir pela segunda vez, não pare o áudio. “Duble” o monólogo depois do locutor, com um atraso de não mais do que duas ou três palavras. Caso você erre (o que certamente vai acontecer) não pare e se corrija. Alcance o locutor e continue.
* Depois que você tiver feito isso com os monólogos, tente fazer com diálogos.
DICA 2: Soe mais nativo que os nativos!
Geralmente, alunos adultos tendem a ter resistência em imitar a pronúncia nativa. Como professores brasileiros, também não somos exceções pois tememos parecer “esquisitos” se o fizermos. O desafio é: por que não tentamos quebrar tal barreira usando o exagero e a auto-ironia?
* Escolha um texto gravado, de preferência um com várias vozes, como uma peça teatral. Depois de ouvir uma vez, identifique os personagens: sua profissão, idade e sexo, sua relação um com o outro, etc.
* Toque o áudio de novo, frase por frase desta vez. Repita cada frase exatamente como ela foi pronunciada, mas tente exagerar na atuação. Por exemplo, seja mais pretensioso que o personagem A, mais ameaçador que o B, mais histérico que o C, etc. Mas acima de tudo, exagere na pronúncia – soe mais nativo que os personagens!
Referência: The non-native teacher, Peter Medgyes, Macmillan Publishers
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