Projeto Aurora Boreal: O Início da Jornada

Projeto Aurora Boreal: O Início da Jornada

Gosto muito de viajar. Na verdade, sempre gostei de viajar, comer, ler, assistir a filmes e ouvir música. Quando não tinha dinheiro para explorar o mundo, ficava em casa me aventurando por livros e sites. Logo que comecei a trabalhar, bati minhas asas ora para perto, ora para longe.

Em 2013 resolvi retornar à terra do Tio Sam. Dessa vez, ficaria mais tempo em NY, vivendo sozinha como uma nova-iorquina… Respirar cultura, arte, música, teatros e tomar café (mentira, odeio café! Tomaria chá, mas seria trollada se contasse isso… ops! Contei!). Passagens compradas, hotel reservado. Um mês, no começo de 2014. Aí vou eu! Restava apenas ter paciência e esperar quatro meses, já que ainda estávamos em agosto.

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Central Park

Ahazando cazamygha no Central Park

Os dias se passaram e eu reuni em um boteco com o Gui Soares e o Neto Macedo – mineiro adora um boteco e um dedo de prosa, né? –, meus dois grandes amigos e fotógrafos favoritos. Conversa vai, conversa vem e surgiram as trocas de informações sobre viagens: enquanto partiria para NY, meus dois queridos seguiriam na mesma época para a Escandinávia a fim de caçar a Aurora Boreal, no Polo Norte.

– E como é que dois roedores de pequi, bebedores de cachaça, que moram no Norte de Minas e acham que frio é quando faz 22°C, vão para o Polo Norte procurar Aurora Boreal?
– Uai, procurando! Polo Norte e Norte de Minas é tudo na mesma direção!
– Nossa senhora, por que não me falaram sobre esse projeto antes? Se pudesse, largaria agora minha aventura para me juntar à de vocês…

…E naquele dedo de prosa, o assunto ficou sério: os meninos me convidaram então a me juntar a eles na viagem – afinal, um toque feminino era essencial no meio desses marmanjos – e eu topei! No dia seguinte já estava cancelando hotel, pedindo reembolso de passagem de avião e já tentando comprar passagem para o mesmo voo que os garotos. E lá vem a primeira surpresa: como haviam comprado a passagem com muita antecedência, já não havia mais lugares do avião assim em cima da hora! E agora? Ambas as viagens deram errado!

Por sorte, na semana seguinte surgiu uma promoção de passagens aéreas para aquela época! A diferença é que deveria embarcar uma semana antes e regressar uma depois. Eis que o roteiro estava programado:

  • MONTES CLAROS – BELO HORIZONTE – AMSTERDÃM – COPENHAGEN
  • COPENHAGEN – AMSTERDÃM – BELO HORIZONTE – MONTES CLAROS
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Então o trio estava formado: éramos o “Dois+1 na Trip”. Viramos matéria do noticiário da Globo, na hora do almoço!!! O Gui e o Neto ficaram responsáveis em transmitir por fotos nossas impressões da viagem e eu por transmitir em palavras aquilo que viveríamos. O objetivo? Trazer para a realidade daqueles que não teriam a oportunidade vivenciar essa aventura, ao vivo, nossas experiências e emoções ao longo do percurso. Para que outras pessoas pudessem acompanhar e fazer como eu mesma fazia: explorar o mundo sem sair de casa.

Foto Oficial

Foto oficial do Dois+1 na Trip \o/ (clique na imagem para ampliar)

Nos meses seguintes aconteceram reuniões semanais para montar nosso roteiro de viagem. Para onde iríamos? O que faríamos? Como “caçar” a Aurora Boreal? Logo chegamos a uma decisão final: a Dinamarca – mais precisamente a cidade Frederikssund – seria nosso QG, pois passaríamos nossa maior parte do tempo e, para nossa sorte financeira, o padrasto do Neto que é dinamarquês, mora naquele país e nos receberia junto com a Suzana, linda e fofa mãe do Neto. De lá, seguiríamos para a Suécia, onde pegaríamos um trem de Estocolmo à Narvik, última cidade ao norte da Noruega aonde vai um trem, e pegaríamos um ônibus para Tromsø, em uma das cidades mais ao norte do mundo, no Círculo Polar Ártico. Tromsø é considerada a “capital da Aurora Boreal”, em função da constante incidência dessa mocinha linda. Iríamos no alto inverno – nessa época, a luz do dia permanece por apenas três horas, possibilitando que nossa caçada fosse bem sucedida.

Reunião

Reunião muito formal para discutir assuntos primordiais da viagem…

Por ter viajado outras vezes para países ao norte durante o inverno, eu já estava acostumada com a ideia de sentir frio, mas dessa vez iríamos para o Polo Norte… Em minha cabeça ecoava o lema winter is coming”, do clã Stark de Game of Thrones, e instantaneamente me senti preparando uma aventura em direção à Muralha do Norte, como se fôssemos Patrulheiros da Noite… É, estava na hora de nos equiparmos para o inverno, que, na ausência do sol, seria nada amigável. O Gui e o Neto compraram suas roupas em sites especializados, e minha mãe, que acabara de regressar da Europa, trouxe roupas térmicas para climas polares. Sabíamos que ainda assim não seria o suficiente, compraríamos o resto por lá.

Malas pesadas, muita roupa de frio e já era dia de partir! Com um abraço caloroso, despedi do Gui e do Neto. Pausa para uma última foto antes de a aventura começar… Ou seria a primeira?

Despedida

Nossa última foto antes da aventura começar… Ou seria a primeira?

Embarquei no avião deixando para trás família –meu irmão havia acabado de acordar de um longo coma após um acidente –, amigos e corações ansiosos pelo sucesso da nossa viagem. Mal sabia o que me aguardava por lá…

Todos os artigos da série Aurora Boreal

  1. O Início da Jornada
  2. Primeiros dias num país distante
  3. O que aconteceu com eles?
  4. Suécia e Noruega
  5. Fim da linha?
  6. Prazer, eu sou a Aurora Boreal!

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Camila

Camila Oliveira

Camila gosta de viajar, conhecer lugares, pessoas e culturas, ouvir música, sentir aromas, degustar sabores, saborear a vida, aprender novos idiomas. Não quer criar raízes, pois sabe onde é o seu lugar: o mundo.

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