A Minha Forma de Melhorar o Inglês

A Minha Forma de Melhorar o Inglês

O leitor Alex Nunes postou sua história com o aprendizado de inglês no fórum, eu publico aqui para que mais pessoas tenham acesso. Vale a pena conferir!

Talvez a história saia um pouco grande, mas acho válido escrever para aqueles que buscam uma forma de vencer o desânimo de aprender Inglês por conta própria.

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Bom, tudo começou quando eu e meu irmão decidimos que seria mais divertido jogar jogos do tipo Resident Evil e Dino Crisis, se traduzíssemos todos aqueles textos que apareciam a todo momento. Quem gosta de videogame sabe do que eu estou falando. Esses papéis apareciam para complementar a história e até auxiliar o personagem no que ele devia fazer em seguida. Como eu e meu irmão jogávamos sempre com auxílio de revista, não ligávamos muito para esses “arquivos”. Mas chegou o dia em que decidimos traduzi-los para ver o que estavam falando e assim pegamos nosso pequeno dicionário inglês-português/ português-inglês da Michaelis, mais cadernos e caneta.

Confesso que não era fácil e tenho certeza que nossa tradução pecou pela qualidade várias vezes. Mas o importante era que descobríamos novas palavras e organizávamos as que já conhecíamos de um jeito novo, talvez antes impensado. Naquela época, não era tão simples quanto hoje, quando basta ligar o computador, buscar um dicionário online ou um fórum de dúvidas. Éramos nós, com o que havíamos aprendido de inglês até então, e o que o contexto do jogo sugeria. Nunca fizemos curso de línguas – não havia dinheiro para isso. Mas traduzimos bastante, de vários jogos. Chegamos até a dispensar o uso de revistas e tentar zerar na base do que a gente traduzia. Fomos quase até final do jogo.

Lembro até hoje de algo curioso que aconteceu numa aula de inglês, no meu primeiro ano do Ensino Médio. A professora fazia as perguntas do que as palavras significavam e eu respondia na maior facilidade. Um amigo meu, que estava num curso de inglês da época, virou pra mim espantado e perguntou como eu sabia de tudo aquilo. Falei que vivia traduzindo textos do videogame. “Você deve traduzir muitos mesmo”, ele continuou. “Só se aprende assim, não é?”, eu disse.

Essa onda de traduções decaiu bastante no meu Ensino Médio, mas eu me relacionava com o idioma de um jeito diferente. Sempre gostei de ler muito, inclusive livros de bolso com histórias de faroeste (influência do meu pai). Esses livros me despertaram a curiosidade para a história americana, ainda mais no que dizia respeito à expansão para o oeste. Como não havia computador em casa, matava minha curiosidade no colégio, acessando sites das cidades americanas citadas nos livros e lendo a respeito de sua cultura, história, população, paisagem. Não entendia lá muita coisa, mas era legal. Eu só fazia isso quando lembrava, é claro, e um ou outro problema foram me afastando do interesse por inglês.

Passei uns dois anos sem buscar aprender mais, até que surgiu uma oportunidade de ser bolsista lá na faculdade. Um dos requisitos era saber um pouco de inglês. Por que isso? Porque uma das atividades da bolsa é pegar da Internet textos em inglês que tenham a ver com o tema estudado pelo núcleo de pesquisa e traduzi-los! Para mostrar serviço, eu tinha que traduzir, traduzir e traduzir, auxiliado por um dicionário inglês-inglês que tem lá na sala onde fico. O dicionário parece uma Bíblia de tão gordo e pra saber o significado da palavra, você é obrigado também a traduzir a explicação. Ou seja, inglês pra todo lado!

Admito que no começo foi muito difícil. Havia coisas como “Present perfect“, “Phrasal verbs“, “Idioms“, que davam um nó na minha cabeça, eu ficava dias preocupado achando que não iria saber traduzir essas coisas. Mas com persistência e interesse, eu revirei a internet em busca de exemplos e explicações que pudessem me ajudar – numa dessas, acabei descobrindo o English Experts. Além disso, achei que já era hora de ver filmes com legendas em inglês para poder ver as palavras em vez de apenas ouvi-las.

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Também passei a assistir muitos seriados legendados, mas muitos mesmo. Tudo isso abriu minha mente para o Inglês de um jeito absurdo. Tanto que hoje em dia, as explicações das professoras do Ensino Médio e do Ensino Fundamental parecem bobas, incrivelmente vazias e incompletas. O Inglês é uma língua bonita, interessante e até divertida se você souber persistir e não fechar a mente para conceitos pré-concebidos, não se deixar limitar pelo o que você sabe de português. Não estou dizendo que o Português é seu inimigo no aprendizado da outra língua. Ao contrário: o que eu sabia de português em alguns aspectos me ajudou a entender o inglês e vice-versa. Posso dizer que aprender Inglês me fez dar mais valor ao Português. Condeno veementemente as pessoas por aí que usam inglês sem necessidade num texto ou numa placa de anúncio só pra parecerem mais “chiques”, “modernas”. Cada idioma no seu lugar; é preciso fazer a separação porque o português é nossa identidade.

Tenho que admitir que não sou um expert em inglês, entendo melhor do que falo ou escrevo e sou preguiçoso para fazer exercícios de fixação. Mas acredito que o negócio é persistir e sempre se achar capaz. A maneira como aprendi pode não funcionar pras outras pessoas, mas se tem algo que dá certo pra todo mundo é se manter firme e confiante.

Valeu!

Alex, parabéns pela persistência. Pode ter certeza que todo esse esforço vai dar muito resultado em sua vida.

Abraços,

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Alessandro

Alessandro Brandão

Alessandro é fundador do English Experts e do Fórum de idiomas. Trabalha também em projetos na área de Ensino a Distância (EaD).

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