Intercâmbio nos EUA: Principais questionamentos

Intercâmbio nos EUA: Principais questionamentos

Primeiramente agradeço aos comentários do primeiro artigo sobre meu intercâmbio. Alguns colegas fizeram algumas perguntas e vou tentar responde-las aqui.

1 – “Um mês de intercâmbio equivale a quanto tempo de curso no Brasil?”

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Não sei. E, sinceramente, acho que ninguém sabe a resposta dessa pergunta. Primeiro porque cada curso no Brasil tem uma duração diferente, e segundo porque tudo depende do conhecimento prévio de cada um, da desenvoltura de cada um, de como o aluno vai de fato aproveitar as aulas, do curso escolhido, da carga horária, da metodologia da escola, and so forth.

No artigo anterior eu comentei sobre os brasileiros que passam o dia todo juntos e conversando em português. E essa semana uma colega comentou que conheceu um professor brasileiro que está aqui na cidade (em outra escola) pra tirar certificação para professores e que ele é a pessoa mais disciplinada que ela já viu na vida. Passa o dia todo na escola, participa de todas as atividades extra-classe, se infiltra nas aulas dos outros, aproveita ao máximo tudo o que pode. Determinação é tudo, e eu já sou fã desse cara! Eu não sou tão dedicada assim, estou equilibrando um pouco mais, preferi estudar só no período da manhã e explorar a cidade nas horas vagas. Mas não pensem que por isso eu uso menos meu inglês! Já pensou em perder seu celular e ter que falar com um monte de pessoas (in English, of course!) pra tentar encontra-lo? Pois é, até isso eu fiz! Tudo bem, não foi proposital, mas “dá-lhe inglês” pra fazer o povo achar meu celularzinho que depois de oito dias está novamente em minhas mãos.

2 – “Na hora do aperto os brazucas se ajudam” e “Dividir conhecimento com outros brasileiros ajuda a fixar melhor”

A maior prova de que dividir conhecimento ajuda no aprendizado é esse blog aqui. Quanto à aproximação de brasileiros durante o intercâmbio, eu até acho que se fosse ficar mais tempo aqui, seria inevitável me aproximar deles. By the way, semana passada eu estava num restaurante e um grupo de brasileiros na mesa ao lado começou a falar mal do povo de uma determinada região do Brasil. Eu não pude conter o riso (I couldn’t hold back a smile) e um dos rapazes percebeu que eu entendia a língua deles. “Fiquem tranquilos, eu não sou de lá!”, e todos caímos na gargalhada (we burst out laughing). É legal interagir em algumas situações. Mas o fato é que até agora eu não precisei deles, e pra mim é muito mais vantajoso conversar com minha professora americana, passear no parque com a colega suíça, sair pra fazer compras com o espanhol e sair pra tomar um chopp com a japonesa. Além do inglês obrigatório, a troca de informações culturais sobre os diversos países é super enriquecedora (enriching). Minha amiga alemã adorou saber que temos uma pequena “alemanha” em Blumenau e que tem até Oktoberfest!

3 – Quanto tempo você vai ficar e quanto planeja gastar? Qual escola você indica?

Tempo: Só meu mês de férias, infelizmente! Se eu fosse ficar mais tempo talvez não precisasse “correr” tanto pra fazer tudo o que eu quero por aqui, poderia aproveitar melhor meu tempo dentro da escola durante a semana pois eu teria mais finais de semana pra passear.

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Custos e escolha do local: O custo varia muito, dependendo do que você deseja. Se eu tivesse vindo somente pra estudar inglês, teria escolhido um lugar menos turístico e com certeza os custos seriam menores. Mas como eu também queria aproveitar pra passear um pouco, acabei indo pra uma cidade relativamente cara, porém foi opção minha. No meu caso, apesar de ter ótimas referências de pessoas que estudaram no Reino Unido, Austrália e Canadá, quis otimizar meu tempo e matar dois coelhos com uma cajadada só: estudar inglês no exterior e conhecer uma cidade que eu sempre quis conhecer: San Francisco, na Califórnia. Logo, se o seu bolso permitir que seu coração escolha o seu destino, faça-o (just do it)!

Escolha da escola: De forma resumida, eu fiz assim: escolhi quatro agências indicadas por conhecidos que já tinham feito intercâmbio e que tinham boas referências, fui nas quatro, pedi orçamento pro período e cidade que eu queria, comparei todos eles em detalhes, fiz um monte de perguntas, pesquisei sobre as escolas na internet, não encontrei nada que desabonasse nenhuma delas e no final optei pela… que limitava a quantidade de alunos por nacionalidade! Simples assim (That simple). Portanto, se você tiver como obter essa informação, just do it!

A escola em questão se chama St. Giles International, é relativamente pequena, diferentemente de outras escolas que tem centenas de filiais. E foi um tiro no escuro mesmo, pois eu não conhecia ninguém que já tivesse estudado aqui. Mas achei tudo muito organizado, os professores são muito bons, e as aulas muito bem planejadas. Alguns professores já falaram de ex-alunos brasileiros, mas ainda não encontrei nenhunzinho no meu caminho! Por outro lado, a tal de “limitação por nacionalidade” parece que não funcionou muito bem com os alunos da Suíça e já vi alguns colegas reclamando da quantidade de pessoas que vieram de lá.

Passagens: as agências de intercâmbio normalmente conseguem descontos pros estudantes, mas mesmo assim eu fiquei acompanhando os preços por algumas semanas nos sites das principais companhias aéreas que atendem Brasil-EUA.

Acomodação: quando eu fiz minhas cotações, ficar em casa de família era bem mais barato, e eu adoraria ter optado pois acho que interagir e participar da rotina de uma família é super importante. Porém, no meu caso em específico, na cidade onde estou a escola fica no centrão da cidade e as pessoas normalmente moram a uns 50 minutos de ônibus/metrô da escola. Como eu tinha pouquinho tempo e já enfrento o trânsito caótico de São Paulo o resto do ano, preferi me hospedar numa residência estudantil perto da escola, o que também me dá bastante oportunidade de aproximação com outros alunos, inclusive de outras escolas.

4 – Homestay x Residência Estudantil e “liberdade de ir e vir”

As pessoas com quem tive contato até agora são na maioria maiores de 25 e portanto relativamente maduras. Das poucas que eu conheço e que estão em homestay, os únicos problemas são aqueles que já lemos na seção de intercâmbio do fórum: dificuldade de adaptação em relação à comida servida, regras na casa, outros intercambistas dividindo o quarto, etc. Em relação à residência estudantil, infelizmente algumas pessoas me passam a impressão de “vou fazer aqui o que meus pais não me deixam fazer em casa”. E isso inclui, sim, muita balada, bebida, e até drogas. Não estou aqui pra julgar ou dizer que vale mais a pena ficar grudado na barra da saia da mamãe, eu acho simplesmente que esse tipo de atitude depende muito da orientação que a tal “criança” teve em casa. Por sorte tem muitos outros adolescentes conscientes e que estão aproveitando bem a oportunidade, já têm planos para continuarem a manter contato com a língua quando voltarem ao país de origem, etc.

6 – Como foi o tal do “planejamento minucioso”? E, afinal, o que você indica?

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Quem participa do fórum sabe o quanto eu sou doente por inglês (crazy about English), e com isso eu fui, passo a passo, minuto a minuto, no decorrer de muitos anos, colhendo informações de amigos que viajaram, lendo e compartilhando as dúvidas dos colegas da seção de intercâmbio, lendo sobre a cidade que eu queria visitar, e, principalmente, estudando muito inglês. Quando peguei as cotações das agências, comparei muito a carga horária dos cursos, preços, comentários sobre a escola que li na internet. Não tem muito segredo: pra quem tem intenção de estudar fora, mesmo que seja só daqui muito tempo, o primeiríssimo passo (the very first step) é entrar em contato com uma agência pra ter idéia das opções de curso e também de cu$to, para aí ir moldando o que você quer, o que precisa, e o que tem condições de pagar. Eu posso escrever até um livro sobre as opções que foram melhores pra mim, mas cada um tem necessidades e interesses diferentes, por isso cabe à você (it’s up to you) decidir o melhor tipo de intercâmbio pra v-o-c-ê. À partir daí, é só planejar, planejar, planejar, e enfim, make it come true.

Eis eu e a Golden Gate Bridge:

See you guys somewhere around the world!

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Flávia

Flávia Magalhães

Flávia Magalhães é estudante de inglês e colabora periodicamente com artigos para o EE. Além disso ela é moderadora do fórum do English Experts.

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