Fend for yourself! (living abroad – part II)

Fend for yourself! (living abroad – part II)

Como será no aeroporto? Como eu vou achar meu portão de embarque? E se eu não souber falar e perguntar o que preciso? E se alguém puxar conversa? E se eu não entender o que disserem nos alto-falantes? E agora?

Caso você esteja viajando pela primeira vez sem dominar o inglês, aprenda pelo menos o “basicão” para viagem. Aprenda como dizer e como escrever palavras básicas para a comunicação: vocabulário referente a aeroporto, saudações, agradecimentos e expressões educadas. Fique muito atento aos painéis caso seu vôo seja transferido para outro boarding gate (portão de embarque) ou outros imprevistos.

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Olhe nos olhos da pessoa e use o ‘por favor, pode me ajudar’; se você disser, então, ‘preciso muito de sua ajuda’ você terá grandes chances de ser ajudado, mesmo que na hora ‘h’ você esqueça o que aprendeu e só consiga se comunicar através de gestos ou escrevendo algo. Fazer os outros se sentirem importantes e necessários é sempre uma ótima pedida e recurso para receber ajuda. (Lembre-se disso quando precisar usar os serviços públicos!)

Os primeiros contatos

Depois que você chegar no destino vai ver como tudo foi muito mais fácil do que você imaginou. Se não quiser se sentir muito perdido, deixe pago um serviço de táxi e alguém para te esperar no aeroporto na chegada com uma placa com seu nome. Ou combine com algum amigo de se encontrarem lá.

Um amigo que morou aqui na Irlanda foi me esperar e lembro que foi bem bacana, pois ao sair do avião e caminhar em direção à imigração me bateu uma tristeza momentânea. Mais um motivo para ter contato com alguém que mora no país de destino. Quando meu primo resolveu vir para a Irlanda no mesmo ano que eu, eu fui buscá-lo no aeroporto e acho que ele gostou bastante.

Se você comprar um pacote na escola com acomodação, então você provavelmente ficará com uma família. Caso contrário, você pode não saber o que te espera. Dividir flat com desconhecidos, até mesmo com amigos, pode ter vários ‘poréns’. As pessoas têm hábitos diferentes, e a menos que já venham bem-educadas, é difícil mudar uma situação de desrespeito e abuso. A parte prejudicada vai ter que aguentar ou se mudar.

Conhecendo as alternativas

Você pode morar sozinho ou somente com mais uma pessoa (a experiência para casal pode ser stress-free se escolherem não dividir moradia). Então tenha em mente que dividir acomodação pode não ser um mar de rosas. Mas também tenha em mente que se for para dividir, talvez seja mais interessante dividir com estrangeiros, pois você terá que usar o inglês para se comunicar dentro de casa.

Sugiro não alugar acomodação direto com pessoas que moram no local. A não ser que você já conheça as pessoas e confie nelas, essa situação pode gerar muitos problemas. Prefira alugar acomodação através de imobiliária; nesse caso você não precisa correr atrás de ninguém para pagamento ou correr o risco de ser passado para trás.

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De qualquer forma sugiro a experiência de dividir com outras pessoas em algum momento, mesmo que durante pouco tempo. Você pode ganhar muito mais que inglês com isso. Você pode acabar tendo uma ótima experiência e fazer amigos para a vida toda. Do contrário, você terá aprendido, no mínimo, a ser mais tolerante.

Mais uma vez, experiências variam de pessoa para pessoa. Sei de vários casos de sucesso entre pessoas que dividiram acomodação. Eu mesma dividi acomodação por dois anos e meio e não tive problemas sérios. Mas situações adversas podem acontecer, então se prepare.

Priorize o aprendizado

Outro problema para o aprendizado é a intimidade. Explico. Quanto mais íntimo você for de alguém que fala sua língua, maior a probabilidade de você não usar a segunda língua com essa pessoa. (Se você é uma exceção, tiro o chapéu para você.) Faça o possível para ter uma rede de contato internacional e/ou com pessoas do seu país que estão num nível acima do seu. E falem a língua que está sendo estudada!

É comum alguns amigos do Brasil entrarem em contato comigo perguntando se podem passar meu email para alguém que está vindo para a Irlanda passar um tempos. Sem problemas. Aí passam-se dias, semanas e meses e nada da pessoa entrar em contato. Por quê? Simplesmente porque a pessoa queria um contato para não se sentir perdida ou para alguma ajuda, mas chegando aqui logo vê que as coisas não são difíceis. Logo, logo se adaptam. Ótimo.

O que acho uma pena é quando a pessoa não tenta contato inicial com irlandeses ou pessoas que estão há mais tempo no país e já são fluentes no inglês. O que acontece é que é muito fácil achar um grupo de pessoas do seu país na escola e ficar grudado neles. Fuja dos brasileiros!

Seja a exceção

Conhecer gente nova do país de origem traz um certo conforto, mas se isso desvia você do seu objetivo, fique atento. Talvez seja necessário tomar uma atitude radical. Tenho uma amiga que fugiu de brasileiros no começo. Ela estava determinada a dar um salto no inglês. E conseguiu. Embora alguns achassem a posição dela um tanto radical, ela avançou no inglês rapidinho. E como entrou em contato com irlandeses desde o começo, ela conheceu bem mais pessoas e até acabou encontrando o amor da vida dela e casou por aqui.

Também conheci um brasileiro, na primeira escola onde estudei, que só falava com todos ao redor em inglês, o tempo todo. Alguns até evitavam o garoto (vê se pode?!), mas ele estava certíssimo. Estava não só dando valor ao investimento no curso (que não é pouca coisa), mas colocando em prática o que ia aprendendo. Ponto pra ele!

Essas atitudes, infelizmente, são exceções. Mas são atitudes de sucesso. Lembra do artigo anterior quando mencionei os sonhos? Pois é, geralmente quem tem um sonho não quer o sonho, quer o resultado dele. Um bom exemplo são os comerciais de TV sobre dietas para emagrecer. Todos querem ter ‘aquele’ corpo, mas só de pensar no esforço que precisa ser feito, nem dá vontade de começar.

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Pay the price

Há que se pagar o preço para ver o resultado. Alcançar um ótimo nível e fluência em uma segunda língua e se manter lá é exercício para a vida toda. Não existe fórmula mágica, mas estar no meio no qual se fala a língua ainda é a melhor maneira.

Não é só questão de falar outra língua, há vários outros aspectos a serem considerados quando você está exposto à outra cultura; o que só faz a língua mais significativa e humana. Depender somente de livros pode te fazer esquecer ou nem considerar esses detalhes. Nada substitui o lado humano do aprendizado. Complemente seus estudos e pratique na vida real. Pague o preço.

“A adversidade desperta em nós capacidades que, em circunstâncias favoráveis, teriam ficado adormecidas.” (Horácio)

Leia o primeiro artigo da série:

See you!

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Erica

Erica De Monaco Lowry

Erica De Monaco Lowry has been living in Ireland since 2008. She is a teacher, an interpreter, a translator, a tour guide and an insatiable learner. Her favorite pastimes include reading, travelling, socialising and catching up with her family.

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