Benefícios de aprender um segundo idioma na infância

Hi guys! Tava no site do curso de línguas PBF e li um artigo muito bom, resolvi divulgar. É muito interessante para quem tem uma criança dentro de casa e deseja que a mesma aprenda inglês.
BENEFÍCIOS DE APRENDER UM SEGUNDO IDIOMA NA INFÂNCIA
  • O cérebro, em pleno desenvolvimento, facilita a construção de novas habilidades.
  • A língua materna, por não estar firmemente estruturada e fixada, não interfere no aprendizado da segunda língua.
  • O aprendizado de uma segunda língua não interfere no da língua materna.
  • O aprendizado da criança acontece de forma natural.
  • As crianças têm uma capacidade de assimilação superior a dos adultos.
  • As crianças têm maior facilidade na pronúncia e melhor fluência devido à grande capacidade de diferenciar sons e maior flexibilidade muscular do seu aparelho articulatório.
Segundo pesquisas, a melhor fase da vida para aprender um segundo idioma, com ótimo desempenho de pronúncia e fluência, é a infância.

Nessa fase, o cérebro está em pleno desenvolvimento, o que facilita a construção de novas habilidades. Portanto, qualquer criança que não apresente nenhum déficit neurológico tem capacidade de aprender a falar um outro idioma ao qual for exposta, independentemente de sua nacionalidade. A esse período de maior aprendizagem dá-se o nome de "período crítico".

Vários são os defensores desse conceito. Em média, os estudiosos afirmam que a melhor idade para o aprendizado de línguas estrangeiras situa-se entre os 4 e os 10 anos de idade. Acredita-se que nessa fase, pelo fato de a língua materna ainda não estar firmemente estruturada e fixada, ela não interfere no processo de aprendizagem.

Existem diversos fatores que ajudam a explicar o fenômeno da idade crítica. Segundo Stephen Krashen, um dos pioneiros do movimento comunicativo de aprendizagem, existem algumas hipóteses que explicam a aquisição de uma segunda língua, como por exemplo:

1) Aquisição X aprendizagem
Uma pessoa pode desenvolver a competência em uma segunda língua através da aquisição ou da aprendizagem. A aquisição se dá de forma semelhante à que a criança utiliza para desenvolver a primeira língua, ou seja, de forma subconsciente. Normalmente, a criança não está consciente do fato de que está adquirindo a linguagem, mas está consciente de que a está utilizando para a comunicação, embora não tenha preocupações de acerto com relação às regras gramaticais.
Já a aprendizagem refere-se ao conhecimento consciente de uma segunda língua e da utilização de suas regras. É o que se chama de conhecimento formal da língua; é o aprender sobre a língua.

2) Input
Durante a aquisição, o aluno passa por estágios nos quais recebe "linguagem", que de certa forma está sendo colocada "dentro do aluno". Depende dele aceitar recebê-la ou não. A isso se dá o nome de input.

O input pode advir do professor, dos materiais e dos próprios colegas. Ele deve ser compreensível, mas sempre um pouco acima do seu nível de competência para que ocorra a aquisição da língua.

Também pode ser utilizado um discurso simplificado caracterizado por uma velocidade mais lenta, repetição, etc. Para que possa ocorrer a comunicação. O aluno progride de forma natural.

Dessa forma, conclui-se que os ambientes de convívio da criança são mais propícios ao aprendizado de línguas e que a função do professor é a de tornar o input compreensível, promovendo situações nas quais a comunicação seja necessária (caso contrário, não haverá aquisição).

Assim, o foco é a mensagem e a comunicação. O aluno não está preocupado com o "como dizer", mas sim com o "o que dizer". Porém, da qualidade e quantidade do input recebido pelo aluno depende a sua produção lingüística.

3) Filtro afetivo
O filtro afetivo está relacionado à motivação, ansiedade e autoconfiança. Eles impedem ou facilitam o recebimento de input. Portanto, influem no processo de aquisição de uma língua mais do que no de aprendizagem. Isso explica porque pessoas expostas a uma grande quantidade de input às vezes não atingem o nível desejado e esperado.

Portanto, a situação ideal para ensino seria aquela que:
  • Causa menos ansiedade, falta de autoconfiança e inibição, ou seja, encorajando a diminuição das barreiras psicológicas;
  • Motiva o maior número de alunos;
  • Desenvolve atitudes receptivas à aprendizagem, favorecendo a busca e recepção de input.
Fica claro e evidente que as crianças têm uma capacidade de assimilação superior a dos adultos, já que estão livres de bloqueios inerentes aos adolescentes e, principalmente, adultos, devido ao ritmo de vida que possuem.

Lateralização do cérebro
Há, no entanto, outras explicações para a questão da idade crítica. Segundo alguns estudiosos, uma delas é a da lateralização do cérebro.

De acordo com pesquisas na área da neurologia, no cérebro de uma criança os dois hemisférios estão mais interligados do que no cérebro de um adulto. A assimilação da língua ocorre do hemisfério direito (que é o lado criativo, responsável pelas emoções, percepção e construção de modelos e estrutura de conhecimento) para o hemisfério esquerdo (que é o lado lógico, analítico), tornando-se a habilidade permanente.

Audição precisa e flexibilidade muscular do aparelho articulatório
Podemos também citar outros fatores que ajudam a explicar a marcante superioridade infantil no processo de assimilação de uma língua: a grande capacidade de diferenciar sons e uma maior flexibilidade muscular do aparelho articulatório (cordas vocais, cavidade bucal, língua, etc.). Essa superioridade se mostra, especialmente, com relação à pronúncia e fluência.

Conhecimento acumulado X habilidade assimilada
Uma diferença importante entre a criança e o adulto é que o adulto já possui uma bagagem bem maior de conhecimento acumulado e é capaz de lidar com conceitos abstratos e hipotéticos. Já a criança depende especialmente de experiências concretas.

Sendo assim, e sabendo-se que a proficiência lingüística pouco depende de conhecimento acumulado, mas sim de habilidade assimilada na prática, construída através de experiências concretas, explica-se a superioridade das crianças no aprendizado de uma língua.

Conclusão
Várias são as hipóteses e os estudos feitos acerca desse assunto. Mas o que se pode concluir é que as crianças definitivamente assimilam com mais facilidade uma segunda língua, principalmente no que diz respeito à pronúncia e fluência.

Bibliografia
  1. Krashen, Stephen D. Principles and Practice in Second Language Acquisition. Prentice-Hall International, 1987.
  2. Krashen, Stephen D. Second Language Acquisition and Second Language Learning. Prentice-Hall International, 1988.
  3. Krashen, S. D. & Terrel, T. The Natural Approach. Language Acquisition in the Classroom. San Francisco, Alemany Press, 1987.
  4. Chomsky, N. Knowledge of Language; its Nature, Origin and Use. New Yourk, Praeger, Série Convergence, 1986.
  5. Vygotsky, L. S. A Formação Social da Mente. São Paulo, Martins Fontes, 1994.
  6. Shütz, Ricardo. A Idade e o Aprendizado de Línguas. English Made in Brazil.
    <http://www.sk.com.br/sk-apre2.html>. Online. 30 de agosto de 2005
Fonte: PBF

ENTENDENDO AS HORAS EM INGLÊS
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6 respostas
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Adriano Japan 1 2 21
Muito bacana o artigo! ;)
Quando tiver um filho (se tiver :lol: ) vou falar com ele em 1 língua diferente a cada dia da semana, assim quem sabe o garoto aos 10 anos de idade já seja poliglota?

Aprender uma língua nova não significa apenas aprender a "se comunicar", cada língua é uma nova cultura, um novo universo, você se dá conta do quão grande é a nossa Terra, e o quão diferente e complexo pode ser o ser humano.
Aprender uma cultura completamente diferente é como abrir os olhos, acordar de um sono profundo, enxergar com clareza o que antes era só meia visão das coisas.
That´s why

学外语!
I love studying foreign languages! :mrgreen:

Back to the topic.. criança precisa começar cedo a se habituar com novas línguas e culturas, e para isto, nada mais prático e gostoso que viajar.
Tenho uns 10 casais de amigos que viajam continentes a cada ano, aí você vê as crianças.. não importa em que língua você fale com elas, sempre vão te entender ^^ nada mais "estranho" e ao mesmo tempo inspirador que você falar com crianças filandesas, loirinhas, brancas como neve... em japonês ou shanghainese!
Flavia.lm 1 10 100
Mais um artigo sobre o assunto

'English' neles!

Preocupados com a preparação dos filhos para o concorrido mercado de trabalho, pais buscam cada vez mais cedo o ensino do segundo idioma. E quanto antes, melhor, pois é na primeira infância que os pequenos têm mais facilidade para aprender!

texto completo em http://www.portalcoop.com.br/conheca/re ... lish-neles
Really Flavia, na infância a facilidade de aprender é maior, por exemplo: entrei no meu curso com 12 anos e de uma turma de 15 eu só o único que estou no nível intermediário. Idade menor é muito melhor para aprender qualquer coisa.
Boa Noite!

Atualmente eu, minha esposa e filho vivemos em Montreal.
Estou ao mesmo tempo aprendendo duas linguas (frances, q é a lingua oficial do Quebec (Provícia Canadense) e ingles)
No frances estou entrando no nível avançado, e no ingles estou começando novamente (pois já fiz milhares de cursos no Brasil) e iniciando praticamente, pois sei gramática, construção de frases, mas não falo quase nada e entendo pouquíssimo.
Mas o que quero dizer é em relação ao meu filho de 3 aninhos. Quando chegamos aqui, há 7 meses atrás, ele já falava algumas frases em portugues. Hj, com a mistura de duas novas linguas na escolinha q ele estuda, ele praticamente não fala mais nada, nem em portugues (mistura tudo), mas a professora dele disse q ele entende tudo.
Gostaria de saber se alguém tem alguma informação a respeito disso. Seria normal?
Adriano Japan 1 2 21
Interesting Article:

Multi-tasking comes easier to bilingual kids:

Children who grow up learning two languages are better at multi-tasking but slower at building vocabulary than their monolingual peers, two Canadian psychologists have found.

http://www.japantoday.com/category/life ... ngual-kids
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Eu comecei a aprender inglês com mais ou menos nove anos, de forma autodidata. Estudava (ainda estudo) de 2 a 3 horas por dia, e falo inglês intermediário.
Com onze anos (atualmente), obviamente a certa desvantagens, principalmente pelo fato de ser pela internet (sem um auxílio de um cursinho). Ora, falar com nativos fica mais difícil por exemplo.
Mas realmente, tenho uma facilidade bem maior em aprender a língua do que a minha mãe, por exemplo.
O problema é que a maioria das crianças não possui o menor interesse em aprender novas línguas, e não é nada prazeroso tentar fazer algo que não gosta. Abs.