Gramática Estadunidense

Por que, nos Estados Unidos, as pessoas fazem tantas abreviações e cometem tantos erros gramaticais, sem o mínimo de consideração com a gramática inglesa?

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Por que, nos Estados Unidos, as pessoas fazem tantas abreviações e cometem tantos erros gramaticais, sem o mínimo de consideração com a gramática inglesa?
A mesma coisa acontece com o inglês britânico, australiano, canadense, etc. Essa noção de que isso somente acontece nos EUA é um equívoco. Um equívoco sério. Uma ideia que precisa ser revista.

Informalidades, gírias, abreviações, etc., acontecem em qualquer idioma, em qualquer modalidade do inglês, francês, etc., no mesmo nível do inglês americano. A diferença é que o inglês americano é o mais exposto, mais visto, mais conhecido e, como disseram (muito bem) nos posts acima, a parte mais exposta é a comercial (filmes, séries, músicas) - fortemente ligada à linguagem informal, de rua.

O inglês americano não é mais nem menos correto do que nenhum outro tipo de inglês. E isso pode ser comprovado com pesquisas.

Bons estudos.
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Essa sua percepção talvez tenha muito a ver com o que nós brasileiros majoritariamente "consumimos" da linguagem estadunidense, falada ou escrita, ou seja, muitos acabam assimilando aquilo a que são expostos massivamente através das músicas, filmes e séries americanas, onde o coloquialismo, gírias, expressões e chulices, imperam.

É fato que muitos americanos possuem conhecimentos gramaticais sofríveis da própria língua, seja por desinteresse na linguagem culta, ou simplesmente por serem iletrados ou semiletrados mesmo.

Na outra mão, há sim, muitos estadunidenses que se expressam de maneira falada ou escrita, com clareza, com erudição e de modo culto, obviamente são aqueles com níveis cultural e educacional mais elevado. Uma boa maneira de se expor ao Inglês culto dos USA e consequentemente desenvolver e aprimorar sobremaneira nosso nível nesta língua também, via de regra são os programas jornalísticos televisivos ou de rádios, jornais impressos, as publicações científicas, revistas especializadas, áudios e vídeos de treinamentos e palestras com especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, etc.

É o que eu tinha a comentar e opinar!
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Infelizmente o descuido com a língua acontece até mesmo na Inglaterra, berço da língua inglesa e terra do mestre William Shakespeare. Desnecessário mencionar o por vezes involuntário descaso com que trata a língua a quase esmagadora maioria dos falantes de outros países anglófonos.

Ainda que o sr. Trump¹ desse a cada americano 24 professores de inglês particulares — um para cada hora — e mil gramáticas de fácil leitura e compreensão, ainda que todos os governantes de países anglófonos dessem à população de seus países todos os meios possíveis para aprimorarem o idioma inglês, a maioria ignara não conseguiria se livrar, de uma hora para outra, dos vícios de linguagem, dos erros ortográficos e de inomináveis outros erros transmitidos de geração para geração.

Até mesmo os melhores escritores, sumidades [muito] acima de qualquer suspeita, já cometeram erros bobos como escrever it's em vez de its, they're ou their quando queriam escrever there e vice-versa; alguns deles, alguma vez na vida, já escorregaram nas próprias concepções². Quando pensaram num than, a mão impensadamente escreveu um then; quando o raciocínio apressado conjeturava um coronel, os dedos produziam um kernel, e, de novo, se a cabeça pensava em grateful, os dedos tropeçavam num greatful, palavra essa inexistente nos dicionários anglófonos. E a lista dos erros não para por aí. Nem por ali. Todavia, prossegue incólume ou pachorrentamente, enquanto os cães, críticos mordazes da gramática alheia, ladram.

E nós, lusoparlantes perpetradores de erros igualmente inomináveis, que diremos, o que faremos com todas as gramáticas e recursos de que dispomos eletronicamente?

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¹ Atual presidente dos Estados Unidos.
² Eu mesmo e todas as minhas concepções sobre o certo e o errado já caíram desastrosa ou vergonhosamente como elefantes cor de rosa a despencarem graciosamente por assoalhos de papel de seda.
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Se você ler por exemplo The Economist/Newsweek/The Times, etc. Vai ter diferenças em relação ao The New Yorker, People, e até mesmo em relação à revista Wired (que fica a meio caminho entre os dois).

Em termos de conversação, os americanos são mais informais/coloquiais na linguagem, o que não quer dizer, por exemplo, que não haja uso do informal ou termos de gírias no Reino Unido.
Mas o que chega ao nosso conhecimento é mais pela mídia americana, ou por influenciadores que de lá partiram (até o Al Jazeera é cheio de articulistas de língua inglesa).

De tempos em tempos, algum nativo do Reino Unido também "reclama" da gramática ou de diferenças de uso na linguagem "from the other side of the pond" (do outro lado do oceano), mas no geral eles sempre entendem o que o outro está falando/cantando, etc.
De igual forma, por vezes, algum inglês "reclama" dos próprios compatriotas, dizendo que os indianos conservam a linguagem inglesa enquanto o pessoal da ilha está se afastando da pureza linguística.
O que importa é que, na média todo mundo se entende, os americanos adoram os filmes com Hugh Grant e Charlize Theron, e a linguagem nunca foi problema.

Mas é fato, se você for pra Nova Iorque (ou outra cidade cosmopolita), prepare-se também para o uso da linguagem de forma mais coloquial e até com algum grau de gíria. Sem contar a pronúncia, afinal na correria é normal que fique corrida também. A favor deles há o fato de a linguagem deles se espalhar tão rápido, devido ao cinema e formas de comunicação.

Mas como foi apontado pelo Donay, não se trata de gramática ou correção, mas de comunicação. E comunicação é dinâmica, vai mudando com o tempo!
O mesmo acontece com o Árabe, o Chinês, Coreano, etc.

https://blog.influx.com.br/2011/04/07/e ... -new-york/
Just for illustration´s sake, as I said, language changes all the time. And the usage depends on the "tribe", place, settings, etc.