Intercâmbio nos EUA: Considerações finais

Intercâmbio nos EUA: Considerações finais

Pessoal! Num dos artigos anteriores sobre meu intercâmbio, eu comentei que cada aluno tem um desempenho diferente dependendo da experiência que já teve com o inglês antes da viagem e do quanto se dedica durante o intercâmbio. Então nada mais justo que eu fale pra vocês o que eu senti de evolução no meu próprio inglês. E pra isso vocês precisam saber que eu tenho contato com inglês há bastante tempo (mais de quinze anos), já me formei em alguns cursos, já fiz aula particular, uso bastante o inglês no meu serviço e já fui até convidada pra dar aula. Ou seja, teoricamente eu não precisava estudar “mais” inglês. Tanto que eu pensei em fazer algum outro tipo de curso, mas pelo pouco tempo que eu tinha, e pela data fixa (eu não podia mudar minhas férias no serviço), eu acabei tendo só a opção de estudar inglês mesmo.

AMPLIANDO O VOCABULÁRIO Isa Mara Lando é uma referência entre os profissionais de tradução. Ela já traduziu mais de 100 livros, entre eles estão obras de autores aclamados, como: George Orwell, Salman Rushdie e Walter Isaacson (a biografia de Einstein). Nesta aula gratuita, Isa dá várias dicas de vocabulário. ACESSAR AULA

As minhas aulas foram boas; muita coisa foi só revisão, mas também aprendi coisa nova e a professora vivia me corrigindo ‘sutilmente’ por causa da minha pronúncia errada do final “ed” dos verbos no passado. Toda vez que eu falava “organizEd” ela dizia “organizd” e eu ficava repetindo “organizd” baixinho até a gente mudar de assunto eu soltar um “discoverEd” e ela sorrir e dizer “discoverd”… Também aprendi outras dicas de pronúncia, de collocations, de métodos de estudos, aprendi vocabulário novo, e participei de discussões sobre os mais variados assuntos, onde muitas vezes aproveitávamos pra comparar as culturas dos diferentes países de origem dos alunos da turma.

No final das contas, eu não voltei com nada de extremamente “diferente” no meu inglês, pelo menos no que diz respeito àquele inglês ali ensinado dentro da sala de aula. Ou seja, é bem provável que um aluno que tenha menos experiência do que eu com a língua inglesa tenha uma evolução bem mais significativa do que a minha durante um mês de intercâmbio, principalmente em relação à parte estrutural da língua (formação de frases, organização de idéias, etc).

Mas o intercâmbio não se resume a isso, e estar 100% cercada por um ambiente de língua inglesa, e de preferência sem nenhum outro brasileiro por perto, é a grande oportunidade de “botar pra fora todo o inglês que existe dentro de você”. Afinal, você precisa se virar pra se comunicar não só com os nativos mas também com pessoas de outros países e que muitas vezes sabem menos inglês do que você, você tem que fazer compras (eu também descobri que minha pronúncia de “tea” era errada quando a moça do supermercado não entendeu o que eu estava pedindo), fazer uma simples ligação telefônica, comprar um bilhete de metrô, trocar um prato que te serviram errado no restaurante, pedir orientação sobre como chegar em algum lugar… enfim, entender que você fala inglês sim, seja no Brasil, nos States, ou até na Lua.

Ah, lembrei de mais uma: estava eu passeando, com a cabeça nas nuvens (ou talvez lá no Brasil), e uma mulher passou por mim e disse muito rápido alguma coisa parecida com “ ‘r xus ‘n táid”. A minha tecla sap tava meio lenta no dia e eu fiquei sem entender o que a senhora simpática tinha tentado me dizer. Minutos depois, quando eu tropecei, veio a solução do enigma: “your shoes are untied” ;-)

Todos os artigos da série Intercâmbio nos EUA

ENTENDENDO AS HORAS EM INGLÊS Nesta aula, a professora Camila Oliveira ensina vários macetes para você nunca mais se confundir na hora de dizer as horas em inglês. ACESSAR AULA

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Termino aqui a série sobre o meu intercâmbio nos EUA. Espero que vocês tenham gostado.

See you!

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Flávia

Flávia Magalhães

Flávia Magalhães é estudante de inglês e colabora periodicamente com artigos para o EE. Além disso ela é moderadora do fórum do English Experts.

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