Projeto Aurora Boreal: Prazer, eu sou a Aurora Boreal!

Projeto Aurora Boreal: Prazer, eu sou a Aurora Boreal!

Estávamos a uma curta distância do albergue da Tânia e temíamos não ver a Aurora Boreal, pois seria aquela nossa única chance! Encontramos com nossa companheira polonesa e esta estava ofegante e falava sem parar. Com a câmera em mãos nos mostrou o que havia ocorrido: ela conseguiu ver a Aurora de dentro da cidade! Estava bem fraca, mas sabíamos que era em função das luzes de Kiruna… Tínhamos que partir logo, estávamos em êxtase! Paramos para comprar uns snacks – uma batata chips sabor alho que, por todos os deuses vikings, era a melhor invenção alimentícia que já existiu nessa galáxia – e #partiu Aurora Sky Station!

Tínhamos pelo menos 100km para percorrer e a cada minuto que olhávamos, a temperatura diminuía mais. Chegaria aos -42ºC do dia anterior? Que frio! O pára-brisa do carro embaçava com o vapor quente e congelava instantaneamente… E, entre uma tentativa e outra de limpar o vidro, vejo uma nuvem no céu. Logo me frustrei, pois com o tempo nublado não conseguiríamos ver nossa bailarina. Mas espera aí! Com um frio intenso assim, não há tanta possibilidade de ter nuvem! Fixei o olhar… Gritei!

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– Meninos! É a Aurora Boreal! Parecia uma nuvem mas agora explodiu um verde!

O Neto – fazendo netice – apaga então os faróis do carro enquanto dirigia para conferir se eu estava certa… A Tania explicou que era assim mesmo, começa como uma nuvem até seus olhos acostumarem e, em seguia, explode o verde da Aurora Boreal no céu.

Paramos o carro, a ansiedade era demais, não queríamos esperar uma hora para poder vê-la de verdade, tinha que ser ali, naquele momento! Descemos, esperamos… A única coisa que se ouvia no meio do nada eram nossos gritos de emoção, que espantaria qualquer pé grande que morasse nas montanhas próximas. Meu Deus, era ela aparecendo tímida no céu, graciosa! Eu não parava de gritar “oh my god!” – em inglês mesmo, para a Tania entender -, o Gui berrava o mais alto que seu pulmão permitia e o Neto sorrindo… Pausa para fotos, temos que registrar isso!

A Aurora Boreal ainda fraca e nós três congelando =) (clique na imagem para ampliar)

As cores variam… Víamos sempre um verde e rosa! (clique na imagem para ampliar)

Oi, meu nome é Aurora Boreal, quer ser minha amiga? (clique na imagem para ampliar)

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A estrada vazia e a luz da lua iluminava como dia! (clique na imagem para ampliar)

Meu Deus, aquilo era maravilhoso… Mas nossa bailarina dançava fracamente no céu, quase desaparecendo. Será se nos agraciaria com outra aparição? Temos que seguir viagem e iríamos até o fim da Noruega se fosse preciso para vê-la novamente.

A cada 10 ou 20km não conseguíamos controlar a ansiedade e parávamos o carro para tirar mais fotos, cada vez que ela aparecia dançando no céu era motivo para parar e observar… A lua estava forte, parecia dia de tão claro e quanto mais subia no céu, mais fraca ficava a Aurora e mais forte nosso desejo de chegar logo à estação. Chegamos a Abisko e a visão era maravilhosa, a Aurora acima de nós em lindas cores verde e rosa e movia-se calmamente no céu… Ficamos um tempo parados, fascinados com a beleza daquele fenômeno e quando chegamos na entrada da Sky Station faltava 15 minutos para fechar e não seria possível subir até o topo da montanha. Um pouco frustrados, mas tudo bem, ficaríamos ali mesmo caminhando e namorando nossa bailarina…

Esse é o Aurora Sky Station, em Abisko, que fica no topo da montanha, ao fundo… (clique na imagem para ampliar)

<3 (clique na imagem para ampliar)

Nas fotos, ela parece estar parada, mas na realidade ela move-se constantemente no céu, como uma dançarina! (clique na imagem para ampliar)

Às vezes ela aparece bem fraca, ou explode assim no céu em várias direções! (clique na imagem para ampliar)

Já era tarde e precisávamos voltar para o hotel. Com a exaustão estampada em nossas faces, o sorriso estampado em nossos lábios e o verde da Aurora estampado em nossos olhos. Ela dançava um dos seus últimos atos antes de se despedir.

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Dá pra acreditar que essa Lua das 2 horas da manhã ilumina como o sol? (clique na imagem para ampliar)

Paramos em frente a um lago completamente congelado, com a luz forte da lua e a Aurora parecendo pela última vez… (clique na imagem para ampliar)

Voltamos calados, cada um mergulhado em seus pensamentos. Éramos quatro pessoas em uma estrada que não passava mais ninguém. Será que mais alguém sentia essa felicidade que tomava conta de nós? Quantas pessoas mais haviam presenciado sua beleza naquele momento? Queria que meus amigos e minha família estivessem ali para ver e sentir tudo o que passamos. Queria que meu irmão estivesse bem e lúcido para eu voltar para casa e compartilhar com ele minha aventura. Tínhamos que mostrar para as pessoas aquilo que presenciamos, a natureza é bonita demais para ficar apenas nos olhos de quatro aventureiros. Chegamos ao hotel e apagamos, com certeza sonhamos o mais belo sonho: o de conseguir ver a Aurora Boreal.

No dia seguinte os trens voltaram a funcionar. Tínhamos a opção de seguir viagem até Narvik – o que não fazia mais sentido para nós -, voltar para Estocolmo ou continuar em Kiruna – mas não pagariam mais hotel para nós #chatiada. Eu e a Tania decidimos voltar, já havíamos conseguido alcançar nosso objetivo e o frio já estava cruel demais com minha saúde: meus pulmões doíam constantemente, minha pele descascava pelo frio intenso e o cansaço já tomava conta do corpo e do meu humor, eu tinha que respeitar meus limites. Os garotos resolveram ficar para tentar ir à Sky Station – garotos e essa coisa de honra hahaha. Ainda tínhamos algumas horas com o carro alugado.

Essa é Kiruna: no verão a temperatura média é de 10ºC! (clique na imagem para ampliar)

As pessoas caminham normalmente pelas ruas e o inverno não atrapalha suas atividades cotidianas! (clique na imagem para ampliar)

Já no inverno, Kiruna pode chegar até -46ºC!!! (clique na imagem para ampliar)

Há uma enorme mina na cidade e por causa dela muitas construções estão em perigo… (clique na imagem para ampliar)

A cidade inteira se moverá para a direção norte e será construído tudo novamente, com a mesma estrutura e as mesmas casinhas que existem agora! A população não vai nem perceber que houve a mudança! Legal, não é? (clique na imagem para ampliar)

Resolvemos ir para Jukkasjärvi – quero ver você pronunciar isso três vezes rapidamente -, um vilarejo a 20km de Kiruna, onde vivem os Saami, o único povo indígena do Norte da Europa. Lá existe o tradicional Icehotel, um hotel feito todo de gelo!

Queria sorrir, mas meu rosto estava congelado =/ (clique na imagem para ampliar)

Este é o Icehotel, as pessoas podem dormir de verdade nesses quartos! É tudo feito de gelo… (clique na imagem para ampliar)

Há uma parte do hotel que são quartos comuns (feitos de alvenaria e madeira mesmo) para onde eles podem ir, caso este quarto esteja gelado demais! (clique na imagem para ampliar)

Esta é a estação de trem de Kiruna, de onde parti e deixei meus amigos se aventurando por mais um dia… (clique na imagem para ampliar)

O dia ia chegando ao fim. Comprei mais batatas chips sabor alho – queria um estoque para o Brasil, na verdade, queria nadar em uma piscina de batatas chips de alho. Melhor: ganhar na mega sena e ter uma fábrica só pra mim – umas águas com vitamina D e E e voltei sozinha para Estocolmo. 27 horas de viagem para refletir sobre tudo o que aconteceu.

O garotos seguiram de tarde para a Aurora Sky Station, evitando encontrá-la fechada e a lua atrapalhando. Para a sorte deles – e meu azar – a Aurora apareceu mais intensa, mais bela e presenciaram do topo da montanha o nascimento da Lua, que mais parecia um sol!

O Gui e o Neto subiram na Aurora Sky Station! É tão alto que aquela luz no chão ao fun, é toda a cidade Abisko… Ao fundo também a lua está nascendo, parece mais o sol… (clique na imagem para ampliar)

Encontramos alguns dias depois na Dinamarca e já era hora de voltar pra casa. A saudade de tudo o que vivemos já estava grande e ficar longe dos meus dois companheiros depois de tanto tempo juntos ia deixar um vazio… Terminamos nossa última noite em uma despedida num bar cheio de amigos que fizemos ao longo da viagem. Estávamos diferentes: deixaríamos um legado, muitas fotos com histórias para contar!

Dois + 1 na Trip (clique na imagem para ampliar)

Você encontra o Neto Macedo aqui e o Gui Soares aqui. Mais fotos e fatos sobre a viagem podem ser acessados no site oficial do projeto: Dois+1 Na Trip.

Até a próxima aventura!

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Todos os artigos da série Aurora Boreal

  1. O Início da Jornada
  2. Primeiros dias num país distante
  3. O que aconteceu com eles?
  4. Suécia e Noruega
  5. Fim da linha?
  6. Prazer, eu sou a Aurora Boreal!

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Camila

Camila Oliveira

Camila gosta de viajar, conhecer lugares, pessoas e culturas, ouvir música, sentir aromas, degustar sabores, saborear a vida, aprender novos idiomas. Não quer criar raízes, pois sabe onde é o seu lugar: o mundo.

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