
A prática constante é a base do aprendizado. Tudo aquilo que aprendemos ou vivenciamos, se não utilizado, é descartado pelo cérebro. Não pense que isso é uma coisa ruim, afinal, a seleção das informações a serem retidas é quase que um mecanismo de defesa.
Imagine se você fosse capaz de se lembrar do que comeu no café da manhã de exatos quatro anos atrás? Desnecessário, não é mesmo?
Como reter a informação importante
Você pode pensar: “Se é importante para mim então meu cérebro vai manter a informação armazenada!”. Na realidade não é bem assim que as coisas funcionam.
Se você acabou de aprender uma palavra, essa informação vai para a chamada memória de trabalho: ela atua no momento em que a informação é adquirida, em seguida, irá retê-la por alguns segundos. Por fim, ou essa informação é guardada por períodos mais longos ou descartada.
Dependo do grau de importância – e se você se enforcar para memorizar –, ela vai para a chamada memória de curto prazo.
Mas Alessandro, você ainda não disse como reter o conhecimento!
O pulo do gato está em transferir as informações que estão na memória de curto prazo para a memória de longo prazo, ou seja, aquela memória que retém informações no cérebro permanentemente.
Como fazer essa transferência? A resposta reside na palavra repetição. Observe as duas situações abaixo:
Situação 1 – Você está num dia inspirado e extremamente motivado. Então acorda cedo e começa a estudar inglês. Revisa a matéria 1, 2 até 3 vezes. São 4 horas de estudo intenso e você para na hora do almoço mentalmente exausto.
Situação 2 – Você acorda cedo e estuda por 30 minutos, mesmo estando empolgado, faz uma pausa para realizar outras atividades. Durante o período da tarde são mais 30 minutos de estudo, e, neste caso, foram investidos 10 minutos revisando o que foi estudado durante a manhã. Antes de dormir, você dedica mais 30 minutos, dos quais 20 foram utilizados revisando o que foi estudado durante o dia e os 10 restantes praticando com exercícios.
Em qual situação houve mais aprendizado?
Vou relatar aqui a minha experiência. Apesar da diferença de tempo – 1h30min da Situação 2, contra 4 horas da Situação 1 –, a Situação 2 mostrou-se mais efetiva.
Eu atribuo a maior efetividade a dois fatores:
- A repetição.
- A distribuição de horários. Pois não adianta passar horas estudando um só tema (seja ele idiomas ou qualquer outro), com o tempo o cérebro vai ficando cansado e não há retenção de conhecimento.
Gostou do assunto? Ouça agora um podcast que gravei com uma especialista na área. Tenho certeza que você terá insights muito bacanas sobre como organizar seus estudos.
Espero que a dica seja útil em seus estudos.
See you!
Referência: Memória/Esquecimento – Dr. Drauzio Varella.
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