Thais, eu nunca trabalhei com crianças profissionalmente, então minha opinião pode não ser das melhores.
Contudo não tenho tanta certeza de que os pais iriam aceitar chamar sua prole de pestes ou danados (depende da geração, da liberalidade ou até de inclinação ideológica - enfim se politicamente corretos ou não).
De qualquer forma "danado" há algum tempo atrás tinha a conotação (religiosa) de "danação" e peste poderia remeter às doenças terríveis de antigamente.
Quando eu era pequeno ouvia isso na região nordeste e não tinha problemas, ainda assim se percebia que as pessoas quando falavam estavam muito estressadas. Para elas era o equivalente a "dar uma paulada" mental no outro, uma vez que não poderiam fazer isso fisicamente.
Com criança então! Geralmente era alguma que "dava muito trabalho" e usualmente não pelo lado positivo. Claro, brincando pode até ser, mas na escola por exemplo não sei o que iriam pensar do educador...
No inglês também tem adjetivos eufemístico para expressar isso, geralmente "restless/excitable", ou melhor "more restless and excitable than the others" (já crianças no geral tem muita energia) ou até overactive/noisy, etc.
São palavras mais aceitáveis, uma vez que hoje em dia - até que se prove o contrário - essas palavras podem indicar sintomas de síndrome falta de atenção (leve, moderada ou outro tipo), ou outra anormalidade, imperfeição ou anomalia.
Depois de estabelecido qual o caso, aí a indústria farmacêutica toma conta... Não há mais o que se preocupar. Dificilmente vão dizer que a criança precisa se sujar, jogar peão ou ter seu próprio tempo de quietude, etc.