Intercâmbio nos EUA: Primeiras impressões

Intercâmbio nos EUA: Primeiras impressões

Hi there, EE followers! Escrevo-lhes diretamente dos United States of America, aka Terra do Tio Sam. Ficarei aqui por algumas poucas semanas, curtindo férias e, obviamente, aproveitando pra estudar um pouquinho de inglês (taking the opportunity to study a bit of English).

Desde quando comecei a planejar minha viagem pensei em várias coisas pra compartilhar com vocês aqui no blog, mas acabei percebendo (I ended up realizing) que eu seria bastante repetitiva porque muito já foi dito à respeito, principalmente na seção de Intercâmbio do fórum. O investimento é realmente alto, por isso é preciso muito planejamento, uma agência de confiança, saber exatamente o que você precisa ou deseja, e pesquisar sobre escolas e opções de acomodação. Não pretendo focar nestes pontos mas fiquem à vontade pra perguntar a respeito deles no campo de comentários.

COMO COMBINAR PALAVRAS EM INGLÊS Nesta aula, o professor Denilso de Lima, autor do livro "Combinando Palavras em Inglês", ensina como as collocations (combinações de palavras) podem ajudar você a falar inglês com mais naturalidade. ACESSAR AULA

O que eu quero mesmo compartilhar aqui é sobre a atitude de alguns estudantes. Pode ser que alguns colegas discordem de mim, mas eu, particularmente, não recomendaria a um aluno de nível básico vir aos Estados Unidos por poucas semanas pra “aprender” inglês. Pode ser que funcione com algumas pessoas, e principalmente se forem ficar um período mais longo, mas a impressão que eu tenho é que nos primeiros sinais de dificuldade esse aluno correria pro primeiro brasileiro que tivesse em volta e não desgrudaria mais do pé dele. Ou então poderia até mesmo se isolar, naturalmente, por não conseguir interagir. Eu tive essa nítida impressão no meu primeiro dia de aula aqui na escola, onde todos os novos alunos foram reunidos numa sala para receber instruções sobre os cursos. Aqueles que não tinham muito conhecimento prévio da língua ficavam de cabeça baixa, tentando ler alguma coisa nos papéis, mas não conseguiam entender o que estava sendo explicado. Esse tipo de aluno provavelmente não vai se aventurar a pegar um ônibus e atravessar a cidade sem um “tradutor” ao lado, vai ter receio de ir no mercado comprar alguma coisa, ou seja, não vai “viver” o idioma, que é justamente o objetivo de todo e qualquer intercambista.

A internet tem sido minha grande aliada tanto para me auxiliar a me locomover na cidade como também pra reduzir alguns custos de passeios que estou fazendo nas horas vagas. Às vezes eu preciso usar o dicionário online, também. E nem preciso falar que muito do que li de outros colegas aqui no EE também me ajudou bastante nos meses anteriores à minha viagem. Mas o que eu percebi é que muitos dos alunos não “se desconectam” nem mesmo durante a aula. Basta o professor dar cinco minutinhos de intervalo que ele já corre pro computador pra entrar em contato com alguém do país de origem. Enquanto eles estão no computador, tem dezenas de estudantes ali no snack bar planejando um passeio no final de semana, ou então um professor querendo saber sobre os principais campeonatos esportivos do seu país, querendo saber sobre sua vida e seus planos, mas… você não está ali pra contar pra ele.

Eu tive bastante sorte de não encontrar nenhum brasileiro na escola – na verdade, só consegui isso por conta do planejamento ultra-mega-minucioso que fiz, e que talvez tivesse sido muito mais difícil se eu não já falasse inglês. Mas por outro lado (on the other hand) não tive a mesma sorte no “residence club” onde estou hospedada. É super natural encontrar gente conversando em português no elevador ou na mesa do café da manhã. Eu me limito a dizer “bom dia, galera” e vou sentar ao lado da minha nova colega alemã. Prefiro ganhar a fama de “brasileira metida que não se enturma” do que jogar fora meu suado dinheirinho praticando língua portuguesa à milhas e milhas do Brasil!

Eu ainda estou meio abobalhada (dumbfounded) com o fato de estar tendo uma oportunidade tão gratificante, e, mesmo tendo um nível avançado de inglês por conta dos meus estudos no Brasil, estou aprendendo bastante coisa nova e principalmente vivenciando muitas situações que normalmente não se usa na sala de aula.

By the way, hora de ir pra aula! See you soon!

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Flávia

Flávia Magalhães

Flávia Magalhães é estudante de inglês e colabora periodicamente com artigos para o EE. Além disso ela é moderadora do fórum do English Experts.

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