Tradicionalmente professores eram considerados os donos da verdade, eram aqueles que detinham o conhecimento absoluto do conteúdo que lecionavam. Imaginem, então, quão estressante deveria ser quando algum aluno formulava uma pergunta para a qual ele não tinha a resposta naquele momento? Felizmente as coisas evoluíram e passou-se a aceitar a ideia de que o professor na verdade é aquele que sabe “ensinar o caminho das pedras”, ele é um facilitador do processo, já que a informação está cada vez mais ao alcance de todos.
Dentro desse novo contexto surge na pedagogia o que chamamos de “peer correction”, ou seja, colegas corrigindo colegas. Então nos perguntamos, quais são as vantagens dessa forma de lidar com a correção? Como diz Chater: “Se acreditamos na interligação entre linguagem e aprendizado temos que valorizar a linguagem dos nossos alunos. Quando apenas o professor corrige este é visto como um árbitro do inglês correto. É ele que dá o selo de aprovação. Uma divisão de responsabilidades genuína no momento da correção transmite a noção de que tudo aquilo que o aluno fala do seu trabalho e dos colegas tem igual importância.”. Dentro dessa visão temos uma primeira vantagem que é a ideia de responsabilidade e co-responsabilidade pelo aprendizado gerando um maior envolvimento no processo como um todo.
Trabalhar com “peer correction” além de desenvolver no aluno a auto-confiança trabalha de forma eficaz a habilidade reflexiva, realmente pensar sobre a língua, habilidade esta extremamente útil no processo de aquisição linguística. Tendo sempre o professor como moderador do processo esse também pode se aproveitar dos momentos de “peer correction” para avaliar o quanto cada aluno internalizou as regras gramaticais, o uso de expressões e até a grafia das palavras para o caso de atividades escritas.
Enfim, havendo um clima de respeito, o que deve ser sempre garantido pelo professor, a estratégia de “peer correction” é produtiva e eficaz e deve ser usada como variação da correção professor-aluno em ambientes de sala de aula presenciais ou virtuais.
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Congratulations on the article, Mônica. I reckon the importance of peer correction, and I also know how difficult it is to put it in practice. The theory, as always, is way easier than the practice. Anyone who has ever tried to give students the chance to correct their peers has experienced the hardships of this activity. Some students may feel better to be corrected by a classmate than by a teacher, whereas others might not trust their equals, or even feel embarrassed by this correction. Anyway, this practice kind of makes the load on the teacher less heavy, which is good. Good luck you all!
Bem, na metodologia que eu estudei no Brasil, ele dizia que “nao se pode corrigir os colegas”, que corrigir nao era necessario, e sim praticar o ingles, repetindo, lendo e ouvindo, e que o professor daria a correcao necessaria na hora certa.
Este artigo, eio em muito boa hora, pois trabalho com formação continuada, e achei muito interssante esta dica peer correctio, acredito na troca de experiência de alunos e professores. Parabens!!!!11
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